Foto colhida na internet.

A maior atração de Florença é a Igreja de Santa Maria del Fiore. Obra renascentista, como sabemos. Mas, embora não seja arte sagrada (apenas arte religiosa, baseada no falso princípio do Humanismo), ela não deixa de ter sua beleza.

Esta foto é minha, feita hoje.

Em primeiro lugar, ela é enorme, enorme.

Depois, a alternância de cores, verde, branco e rosa, cria um efeito muito bonito.

Como se pode ver acima.

Compõe o conjunto da igreja a Torre de Giotto.

Ela é altíssima.

Mas Firenze é muito mais do que isso. A cidade contém cerca de 10% dos tesouros artísticos de toda a Itália. A quantidade de edifícios históricos é impressionante. De todos os tipos.

Nós só tivemos um contato muito pequeno e superficial com tudo isso.

Esta é a igreja de Santa Maria Novella, uma igreja românica cuja fachada foi recriada neste estilo renascimental.

Também esta igreja foi adaptada. Aqui vemos a parte mantida como originalmente.

Aqui uma foto na celebérrima Ponte Velha, ou melhor: Ponte Vecchio.

Os brasões… na fachada do Palazzo Vecchio, um dos principais edifícios da grande cidade.

Esta foto não é nossa. Mostra a entrada do Palazzo Vecchio, com uma cópia do Davi de Michelangelo à esquerda.

Mas o que me chamou a atenção foi o monograma IHS sobre a porta de entrada, e com os raios, como na imagem de São Bernardino di Siena.

Mas Florença, para mim, é Dante Alighieri.

Uma estátua sua do século 19, que não vimos!, fica na Piazza Santa Croce.

“De acordo com Boccaccio, a mãe de Dante, pouco antes de dá-lo à luz, teve uma visão e sonhou que estava sob um loureiro muito alto, no meio de um vasto prado com uma fonte jorrante, junto com o recém-nascido Dante, e que viu o bebê estender a mãozinha para a folhagem, comer as bagas e se transformar em um magnífico pavão.” (Wikipédia)

Dante foi um grande sábio-santo, como poucos. A Divina Comédia é obra grande, como poucas. Evidentemente, ele tinha uma visão espiritual elevadíssima. E só por isso que pôde escrever essa obra única, uma das maiores da humanidade, estudada em todo o mundo há 700 anos.

Para só falar na estrutura: a Divina Comédia tem 100 cantos, num total de 14.233 versos PERFEITOS, endecassílabos (onze sílabas), com o acento necessariamente na décima sílaba. Todos esse milhares de versos seguem a “terceira rima”, ou seja, um esquema em que as rimas se entrelaçam em três linhas, desta forma: A B A, B C B, C D C, D E D, E F E… e assim por diante.

Mas isso é só a estrutura. Sobre o conteúdo da Divina Comédia, talvez escreva algumas linhas outro dia.

A Florença que mais aparece é a dos Medici, família que teve muito poder por quase 300 anos ininterruptos, de 1434 a 1737. Mas Florença é na verdade Dante Alighieri. O Dante que foi expulso da cidade e teve que ser um peregrino por diversos locais da Itália, até terminar em Ravena, onde morreu e está enterrado. Os fiorentinos tentaram reaver seu corpo, mas os habitantes de Ravena não permitiram.

Dante encontra Beatriz na Ponte da Santíssima Trindade. Famoso quadro do pintor inglês Henry Holiday, feito cerca de 1882. Bela imagem, muito famosa.

Não pude ir à Casa di Dante (que provavelmente não é a casa em que ele morou), mas comprei uma edição simples da Vida Nova. Li essa obra uma vez, há muitos anos. É maravilhosa. Quero relê-la, agora, se possível.

Ah, esqueci de dizer que fomos à Piazza San Marco, tentar ver as pinturas de Fra Angelico, mas sem sucesso. Estava fechada a igreja-museu. Só vimos uma de longe. Quem sabe voltamos um dia.

Gostaríamos de ver a famosa “Anunciação”, já com elementos humanistas, mas de grande piedade.

Também queríamos ir à Igreja de San Miniato al Monte, para ver esta e outras imagens, mas não foi possível, infelizmente.

Na grande igreja de Santa Maria del Fiore, na qual não entramos (filas quilométricas…), há 600 relíquias. Entre elas, o que seria o braço de um dos Apóstolos.