Saímos da Toscana cedo, passamos em Verona para pegar a Stella e seguimos até Pfronten, na Alemanha. Infelizmente, chegamos de noite na seção dos alpes. As vistas de dia devem ser lindas. Estava chovendo e eu fiquei preocupado com o ter que trafegar por mais de uma hora numa estradinha nas montanhas, com neve acumulada no acostamento, muito trânsito. Mas deu tudo certo, graças a Deus.
Month: January 2024
Voltando de Loreto para Barberino di Mugello, paramos em Assis. O dia estava esplendoroso. Para começar, fomos a Rivotorto, onde ainda não tínhamos estado.
O antigo tugúrio ou telheiro onde São Francisco e os irmãos viviam apertados, com frio e fome, mas cheios do amor a Deus, ainda está preservado, se é que é o original. Fica dentro de uma igreja.
Saindo de Rivotorto, passamos pela Igreja de San Damiano, onde Cristo falou a São Francisco pedindo-lhe que reparasse sua igreja, que estava em ruínas.
* * *
Seguimos direto para o Eremo delle Carceri, no Monte Subásio.
La caratteristica che lo contraddistingueva era «la virtuosa incessante orazione»: frate Rufino «pregava ininterrottamente e, anche dormendo e in qualsiasi occupazione, aveva lo spirito unito al Signore».
“A característica que o distinguia era a ‘virtuosa incessante oração’: frei Rufino ‘rezava ininterruptamente e, mesmo dormindo e em qualquer ocupação, tinha o espírito unido ao Senhor.”
O túmulo de Rufino está junto ao de São Francisco.
Mas os outros companheiros, desnecessário dizer, eram também muito santos. Aliás, são muitos os santos e beatos da família franciscana. Eis eles, contando apenas os que viveram até o século 19:
63 santos
San Benedetto Massarari
San Bernardino da Siena
San Bernardo da Corleone
San Bonaventura da Bagnoregio
San Carlo da Sezze
San Corrado Birndorfer da Parzham
San Corrado Confalonieri
San Crispino da Viterbo
San Diego d’Alcalá
San Fedele da Sigmaringen
San Felice da Cantalice
San Felice da Nicosia
San Francesco Antonio Fasani
San Francesco Fogolla
San Francesco Maria da Camporosso
San Francesco Solano
San Giacomo della Marca
San Giovan Giuseppe della Croce
San Giovanni da Capestrano
San Giovanni da Dukla
San Giovanni da Triora
San Giuseppe da Copertino
San Giuseppe da Leonessa
San Gregorio Maria Grassi
San Leonardo da Porto Maurizio
San Lorenzo da Brindisi
San Lucchese
San Ludovico
San Ludovico d’Angiò
San Ludovico da Casoria
San Pacifico da Sanseverino Marche
San Pasquale Baylon
San Pietro d’Alcántara
San Pietro Regalado da Valladolid
San Pio da Pietrelcina
San Salvatore da Horta
San Serafino da Montegranaro
San Simone da Lipnica
San Tommaso Placidi da Cori
Sant’Agnese d’Assisi
Sant’Agnese di Boemia
Sant’Angela da Foligno
Sant’Antonino Fantosati
Sant’Antonio di Padova
Sant’Antonio di Sant’Anna Galvão
Sant’Egidio Maria di San Giuseppe
Sant’Elisabetta d’Ungheria
Sant’Elisabetta del Portogallo
Sant’Eustochia Calafato
Sant’Ignazio da Laconi
Sant’Ignazio da Santhià
Sant’Umile da Bisignano
Santa Beatrice de Silva Meneses
Santa Camilla Battista da Varano
Santa Caterina da Bologna
Santa Giacinta Marescotti
Santa Margherita Bays
Santa Margherita da Cortona
Santa Maria Crescentia Hoss
Santa Maria Francesca delle Cinque Piaghe
Santa Maria Francesca di Gesù
Santa Mariana de Paredes y Flores
Santa Rosa da Viterbo
E 45 beatos:
Beata Angela Maria Truszkowska
Beata Antonia di Firenze
Beata Elisabetta Achler
Beata Filippa Mareri
Beata Florida Cevoli
Beata Ludovica Albertoni
Beata Maria Crocifissa Satellico
Beata Maria del Monte Carmelo del Bambino Gesù
Beata Maria del Transito di Gesù Sacramentato
Beata Maria della Passione de Chappotin de Neuville
Beato Agnello da Pisa
Beato Alberto da Sarteano
Beato Andrea Conti
Beato Angelo Carletti
Beato Angelo d’Acri
Beato Arcangelo Piacentini
Beato Benedetto da Urbino
Beato Bernardino da Feltre
Beato Bernardino da Fossa
Beato Bernardo di Quintavalle, 1º companheiro de S. Francisco
Beato Bonaventura da Potenza
Beato Corrado da Offida
Beato Cristoforo di Santa Caterina
Beato Diego Giuseppe da Cadice
Beato Egidio d’Assisi
Beato Gabriele Ferretti
Beato Giovanni da Fermo
Beato Giovanni da Montecorvino
Beato Giovanni Duns Scoto
Beato Guido Vagnottelli
Beato Leone d’Assisi
Beato Luca Belludi
Beato Marco d’Aviano
Beato Marco da Montegallo
Beato Matteo da Bascio
Beato Matteo Guimerà di Agrigento
Beato Modestino di Gesù e Maria
Beato Odorico da Pordenone
Beato Pellegrino da Falerone
Beato Pier Pettinaio
Beato Pietro da Mogliano
Beato Raimondo Lullo
Beato Raniero d’Arezzo
Beato Tommaso Bellacci
Beato Tommaso da Celano
63 santos e 46 beatos! Só isso já atesta a enorme irradiação espiritual de São Francisco de Assis.
Foi muito bom estar de novo em Assis. Descemos ao túmulo de São Francisco e ficamos uns instantes ali. Fomos à Igreja de Santa Clara e estivemos sós junto ao Crucifixo de São Damião por alguns minutos. Um lugar muito abençoado. Descemos ao túmulo dela e também fizemos ali uma oração.
O Dr. Stoddart tinha dado à Liana uma imagem deste crucifixo com as seguintes palavras, que não sei de que fonte vêm:
Eu sou a Luz, e vós não me vedes.
Eu sou a Via, e vós não me seguis.
Eu sou a Verdade, e vós não acreditais em mim.
Eu sou a Vida, e vós não me buscais.
Eu sou o Mestre, e vós não me escutais.
Eu sou o Chefe, e vós não me obedeceis.
Eu sou o vosso Deus, e vós não orais a mim.
Eu sou o vosso grande Amigo, e vós não me amais.
Se sois infelizes, não ponhais a culpa em mim!
Um dos lugares perto de Barberino que visitamos foi Scarperia. Está a apenas 19 km daqui. Está na lista dos “burgos mais belos da Itália”. É medieval, bem pequeno e bem preservado. Tem uma forte tradição de cutelaria.
Foi agradável andar pelas ruazinhas, prestando atenção às fachadas das casas, muito bem conservadas.
“Segundo as palavras de Santa Caterina da Siena, a cidade é uma imagem da alma: os muros que a circundam estão a significar o limite entre o mundo exterior e o interior; as portas são os sentidos ou as faculdades que ligam o interior com o exterior; o intelecto, diz a Santa, examina todos os que se avizinham da porta, distinguindo os amigos dos inimigos, e o livre-arbítrio cuida da segurança da cidade. Nela jorram fontes; sob a proteção de seus muros há jardins, e no centro, onde está seu coração, se vê o Santuário.
“Siena, por ter sido edificada segundo este simbolismo, realiza essa semelhança; ela é uma imagem da Alma. E, como a alma, ela é transfigurada pela luz: quando, no começo da manhã, de um dos jardins que se voltam para o vale, antes ainda que os ruídos do dia cubram o trilar da andorinhas, se vê a primeira luz dourada inundar a cidade que se ergue altaneira, ou quando à noite, de São Domenico se admira o último raio de sol inundar as casas e as torres com um vermelho de fogo, enquanto o Duomo, tornado de madrepérola e de jaspe, parece muito leve e por fim brilha sozinho diante do céu resplandecente, então se vê Siena como aquilo que ela era no espírito de seus construtores: uma cidade sagrada.” (Titus Burckhardt, em Siena, Cidade da Virgem)